Por Priscilla Sobral e João Fantini
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Vivienne Westwood em foto da década de 70: estilista foi uma das precursoras na adaptação do estilo punk a moda e ganha uma ala para chamar de sua na mostra "Punk: Chaos to Couture" (Reprodução) |
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Riccardo Tisci, da Givenchy, e a atriz Rooney Mara: eles estarão entre os vips convidados para o Baile de Gala que abre a mostra "Punk: Chaos to Couture" no dia 6 de maio de 2013 (Reprodução) |
Rebelde como só ele, sofisticado pelo tempo e adaptado ao século 21, o punk do MET ocupa as galerias Cantor, no segundo andar do museu. Por lá, 100 looks, entre masculinos e femininos, pretendem mostrar aos visitantes como a estética punk influenciou da alta-costura ao prêt-à-pôrter, desde seu surgimento, na Inglaterra da década de 70, até os dias de hoje. "Desde as suas origens, o punk teve uma influência incendiária na moda", disse Andrew Bolton, curador do Costume Institute.
Para nenhum moicano se perder pelo caminho, a exposição divide-se em seis espaços temáticos. Primeiro deles, "Rebel Heroes" traça um panorama da cena musical do eixo NY-Londres da década de 70. Quem guia a visita são as bandas cujos hits ecoavam por muitos inferninhos e clubs descolados da época: The Ramones, The Sex Pistols e The Clash. Na galeria seguinte, batizada de "The Coutorier Situationists", o trabalho de dois estilistas embalados em berço punk ganha destaque: então marido e mulher, Malcom McLaren e Vivienne Westwood apresentam sua icônica loja Let It Rock, futuramente renomeada SEX e Seditionaries. "Embora a democracia punk esteja em oposição à autocracia da moda, os designers continuam a adaptar a estética punk a um vocabulário apropriado para capturar a sua rebeldia juvenil e contundência agressiva.", completa.
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Com hits como "God Save The Queen" e "Anarchy in the UK", o Sex Pistols personificou o comportamento desesperançado de toda a geração punk (Reprodução) |
Da convivência, ora harmônica, ora complicada, entre o "faça você mesmo" e o "feito sob medida", nascem os quatro espaços seguintes: em “Pavilions of Anarchy and Elegance”, o foco está na alta-costura e na customização, enquanto que em “Punk Couture” o foco está nos acessórios do universo punk, como tachas, pregos, correntes, zíperes, cadeados, alfinetes e lâminas (ufa!).
Já em “D.I.Y Style”, Bolton e o fotógrafo Nick Knight, consultor criativo da mostra, apresentam um panorama do punk na construção e reciclagem de materiais. Por fim, “La Mode Destroy” explora os elementos característicos do punk - com suas roupas rasgadas, maquiagem borrada e cabelos desgrenhados - como reflexo da desesperança que reinava entre os jovens há 40 anos e explorados em criações de designers de estilos tão opostos quanto Nicolas Ghesquière, Karl Lagerfeld, Haider Ackermann, Helmut Lang, Gianni Versace e Alexander Wang.
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O punk ganhou releitura em editorial batizado de "Punk´d" e estrelado por Arizona Muse na Vogue americana de março de 2011 (Reprodução) |
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